sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Golpe de Mestre

Um dos filmes clássicos sobre a arte do 171. Na Chicago dos anos 30, Johnny Hooker (Robert Redfort) é um jovem aprendiz de vigarista e seu mestre é Luther (Robert Earl Jones), uma das figuras mais respeitadas do submundo. Eles preparam um golpe contra o poderoso Doyle Loningan (Robert Shaw), e ocorrendo que todos os envolvidos no desfalque fossem mortos.

Na caçada ao golpistas, Luther é morto e Hooker passa a ser vítima de chantagens da própria polícia. Para sobreviver, Hooker busca a ajuda de Henry Gondorf (Paul Newman), um vigarista aposentado que andava meio sumido, passando por uma maré de azar. Os dois iniciam uma nova parceria repleta de novos golpes, muitas reviravoltas.

Vale a pena conferir este filme.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Prenda-me se for capaz

Um filme interessante sobre estelionato é o "Prenda-me se for capaz" com direção de Steven Spielberg.

O livro do qual se baseou o filme também foi publicado no Brasil pela Editora Record.

Por que se cai em golpes?

Nos posts anteriores é descrito os vários tipos de golpes e a história de algumas vítimas. Estelionato é um assunto profundo não só de cunho policial e jurídico, mas também sociológico e psicológico.

O ser humano é muito complexo e por mais que estudem a cada dia revelam facetas desconhecidas. A engenhosidade humana é tão grande que até pessoas acostumadas a lidar com estes problemas no dia-a-dia são pegas de surpresa.

E existem muitos golpes. Muitos mesmo. Basta uma olhada nas páginas dos jornais. Golpes de políticos, juízes, cartolas e pessoas comuns.

Mas ao ler todos os tipos e suas variações chega-se a conclusão de que o estelionatário é mesmo uma pessoa com uma inteligência acima das pessoas comuns, bem articuladas, envolventes, seguras de si, amorais, exibicionistas, perversas e com grande poder de manipulação. Alguns apresentam comportamento violento e agressivo, determinante o ambiente em que vivem.

Normalmente este tipo de criminoso não mostra arrependimento. Tem-se a impressão de o produto do golpe realmente lhe pertence. Alguns psiquiatras fazem analogia entre golpe e orgasmo, ou seja, o golpista como o compulsivo sexual não mede as conseqüências.

Não são doentes eles têm um desvio de comportamento. Ou seja, assumem uma personalidade e vive este mundo à parte. O psiquiatra forense Talvane Martins de Morais, da Associação Brasileira de Psiquiatria do Rio de Janeiro afirma: “o psicopata é egocêntrico, não tem limites e jamais acredita que pode se dar mal. Na maioria dos casos, a origem remonta a más influências na infância”.

E por que a vítima cai neste golpe? Muitas vezes por desinformação, excesso de confiança em si mesmo e porque o estelionatário oferece algo e se faz o papel de “trouxa”. E a vontade de ser esperto e levar vantagem em tudo do brasileiro faz com que ele tenha maior possibilidade de cair nos “contos de vigário”.

Resumindo, enquanto o homem continuar a ter uma ganância exagerada, haverá terreno fértil para os golpistas.

Equipamentos de filmagem

Este golpe tem muitas variações e tem feito muitas vítimas. O estelionatário procura um estúdio de filmagem ou profissional conhecido. Alegam ter muito serviço em outra cidade onde precisa fazer filmagens e fotos. Como conhecem do assunto exigem determinados tipos de equipamento com recursos. Prometem pagar passagem de avião, hospedagem e o serviço em dólar.

O profissional viaja para a cidade determinada e se hospeda no hotel indicado pelo golpista. O golpista cria uma situação qualquer onde o fotógrafo se afasta e deixa seus equipamentos no quarto do hotel. Sozinho ou com ajuda de comparsas roubam todos os equipamentos.

Técnico da operadora de cartão de crédito

O golpista se apresenta como técnico de manutenção da empresa de cartão de crédito. Finge que conserta a máquina enquanto o restante da quadrilha entra na loja e compra tudo o que pode levar. O cartão utilizado é “clonado” e o recibo é impresso como se estivesse tudo autorizado, mas a compra não é registrada na operadora e a loja é lesada.

Telefone e TV à cabo

O golpista neste caso conta a conivência de funcionário da companhia telefônica ou operadora de TV a cabo. O funcionário habilita a linha telefônica ou o sinal da TV, sem que este passe pelo sistema de faturamento. Muitas vezes eles fazem uso próprio ou repassam a terceiros que jamais pagarão a conta. E o lesado neste caso é a operadora telefônica ou de TV a cabo.

Cartão trocado

O malandro fica próximo ao caixa eletrônico para escolher as vítimas que tem dificuldade em utilizar o caixa eletrônico. Ele se oferece para ajudar, pede que a pessoa digite a senha e memoriza os números. Depois troca o cartão e limpa a conta da vítima.